quinta-feira, 14 de julho de 2011

O fio de cabelo branco.

A velhice, um dia, chega.
Não nos damos conta, é verdade. Mas, ela vem. E traz maturidade, equilíbrio e nos torna menos intransigentes, menos prepotentes.Quando jovens, temos certezas absolutas, verdades incontestes, cabeça dura. Temos razão e isso nos torna ou moralistas demais ou rebeldes sem causa. Mas, o que importa é que a velhice chega e, finalmente, os valores mudam, transmudam ou não mudam.
O espelho, num desses dias, me trouxe uma reflexão que nunca tinha pairado na minha cabeça. Ele me apontou um fio de cabelo de branco.Nunca, antes, havia me preocupado em ficar velha. Mas, percebi, nesse dia, que envelhecer é inevitável e então,  estremeci.
Além do valor estético (Nããããã!!!!!), um dia, comecei a pensar, meu cabelo estará tomado de uma nuvem espessa. E eu não terei mais esses olhos. E eu não terei mais essa força. E eu não terei mais meus ideais. Eu terei mudado. Eu envelhecerei. Eu saberei o que é tempo, saberei esperar. Saberei o que foi construir. O que foi lutar. O que foi plantar.
Pensar que um dia ficarei velha é pensar em tempo. É aprender que ele pode ser meu aliado, se eu tiver a essência do novo, embora o a moldura do velho permaneça. É pensar enfim, que muito tenho a aprender.  E ainda tenho a vida pela frente.

2 comentários:

  1. Lizia

    Ja disse o quanto sua escrita me inspira? Não? Digo agora: sua escrita me inspira.E muito.

    Abraço,

    Priscila

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  2. Ow Priscila..Quanto tempo!

    Tambem tenho te lido!!!
    Parabéns pela mono!

    Beijo

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