Este mês me fez pensar profundamente. Apesar de todo o nosso envolvimento nos ministérios da igreja, “arranjando” uma coisa aqui, outra ali, que, por vezes, nos fazem esquecer o cerne de tudo o que fazemos, eu me deparei, em um dia comum, e tentei responder a mim mesma esta interrogativa. Por quem eu daria minha vida? Afinal de contas, para que serve a minha vida, a não ser para servir e compartilhar com os outros? Minha vida não tem rascunhos, assim como a de ninguém, então, vale muito mais que a pena, dar-se pelos outros, por que do adiantaria todo o investimento que recebemos? Para que estudamos? Para que o amor que temos? Por que aprendemos, desde tão cedo, a não sermos egoístas e a não revidar quando alguém nos bate na face? Por que aprendemos e até somos castigados, se não somos educados com os outros ou se desprezamos as empregadas domésticas de nossas casas?. A explicação é simples e única: porque existe o outro. E isso faz toda a diferença em nossa existência. E é por isso que sou capaz de dizer que dou a minha vida, o meu sangue, minha capacidade (que Deus, em sua misericórdia, me deu) em favor da juventude que hoje tenho sob a minha responsabilidade.
Há falácias e ilusões a despeito da liderança de ministérios. Lembro-me que fui abundantemente “ aconselhada” e vacinada quando, senti no coração o desejo de liderar a juventude e decidi fazê-lo. “Você vai se arrepender!”, “você é muito nova para se estressar”, “tem cada problemático”, “não é fácil”, “é um peso muito grande”, foi o que ouvi. Estava ciente que não seria fácil ou um mar de rosas. Mas, enfim, lancei-me ao desafio. Quis recuar, logo de início, talvez pela falta de visão e maturidade. A isso, somam-se inúmeros e incontáveis impedimentos que pessoas tentam, a todo vapor, te fazer literalmente “jogar tudo pro ar”. Mas, apesar de tudo, depois de tantos choros, lamentos, reivindicações e até coações a Deus, eu comecei a enxergar o ministério sob outra perspectiva. Aquilo que Deus lança em nossas mãos, apesar de parecer difícil, não é um peso, mas um privilégio, uma honra que só acontece com quem se dispõe, mesmo sem ter uma “formação especializada em cuidar de gente”. Quando eu era criança, sonhava em ser líder de jovens. Até orei, em certas ocasiões por isso. Confesso que nunca tive – até hoje não tenho – capacidade em excelência para tal cargo. Mas, enfim, cheguei até aqui. E diga-se: somente pela graça de Deus. E porque amo. De coração. De convicção. Porque entendo que foi Deus quem me ajudou a enxergar os jovens, como talvez como Ele enxergaria. Por isso, desprezo as críticas que já tentaram me destruir. Relevo, com oração, as fofocas que utilizaram meu nome de forma tão ferina e cruel. Por isso, amo quem me olha tão feio ou que não tem nem a coragem de me encarar.
Não sou perfeita e jamais serei. Minha existência é uma verdadeira prova de fogo, no sentido de me refinar, para que, a cada dia, eu consiga me parecer com Deus. Enquanto meus pés pisarem aqui, nesta terra, eu continuarei errando, mesmo quando não deveria. Eu continuarei sendo a Lízia imperfeita e inacabada, que apesar da velhice, nunca deixarei de aprender. Deus há de ter misericórdia de mim até o dia em que lhe aprouver.
Posso afirmar que “sangro” de verdade. Contorço-me. Queimo minhas energias físicas e emocionais. Renuncio-me só para ver as coisas de Deus acontecendo em nossa juventude. Lembro-me que já passei semanas orando só por uma pessoa que considerei estar longe de Deus. Peço discernimento ao Pai da luzes para que me faça um instrumento de paz e refrigério a quem está desesperado. Tenho muitos sonhos, até alguns deles anotados e muito bem guardados, esperando a concretização. Mas tenho um sonho que não está anotado, mas encontra-se gravado dentro de mim e quero, mais do que nunca, que se realize, para a honra e glória de Deus: que é o de ver todos os jovens, sem exceção, experimentando da presença e da obediência a Cristo, e assim, tornando-se homens e mulheres valorosos, tementes e que façam diferença neste mundo cruel.
Eu daria minha vida e minhas forças, para ver isso acontecer. Eu morreria, se fosse preciso.
Tenho intercedido, como nunca antes fiz, por isso. Talvez não consiga expressar verbalmente todo o meu amor e compaixão pelos jovens, inclusive aqueles que eu não tenho tanto contato. Mas, acredite nas minhas orações que faço a Deus, incessantemente. Acredite nas minhas lágrimas, súplicas, nas minhas noites mal-dormidas, apenas para ver em todos eles, uma conversão autêntica e fenomenal. E aí cabem minhas sinceras desculpas, se talvez nunca exerci o papel de líder dos seus sonhos.Só quero que saiba que estou dando o máximo de mim, o meu limite, o único suor que me resta.
Eu daria minha vida para vê-los no céu, porque agora entendo que Deus só me criou para isso.
(Lízia Adriane_30/09/09)
ei Liiii
ResponderExcluirconseguiu falar com o biso?
liguei pra ela agora no fim da tarde e falei com ela que vc tava precisando falar com ela...
beijinhos!
Helen,
ResponderExcluirConsegui, sim!!!!
Obrigadão!
A defesa é na segunda (Aiiii!!!)
Ore por mim!
Beijão